sábado, 24 de novembro de 2007

PROGRAMAÇÃO DO FÓRUM PAULISTA DA JUVENTUDE NEGRA


FÓRUM PAULISTA DE JUVENTUDE NEGRA SÃO CARLOS (Campus da UFSCar)30 DE NOVEMBRO 01 E 02 DE DEZEMBRO DE 2007


•SEXTA FEIRA - 30/11
•19h00 – Inscrições;
•20h00 – Lançamento do livro"Racismo e Sociedade" do Doutor pela universidade Paris VII Carlos Moore seguida de palestra. Comentários de Latoya Guimarães e José Raimundo.
•21h00 COQUETEL

•SABADO - 01/12
•08H00 - CAFÉ MANHÃ
•09H10 - MESA DE ABERTURA OFICIAL: PREFEITO, CONSELHOS ESTADUAL E MUNICIPAL, COORD EST. JUVENTUDE, FÓRUM NACIONAL, NEAB, UFSCar
•10H00 - 12:H00 Que fórum queremos

•12H00 - 14:H00 Almoço

•14H20 - Que fórum queremos
•15H40 - Diretrizes e ações políticas
•17H20 - Estrutura de organização e agenda

•19H00 JANTAR

21H00 ATIVIDADE CULTURAL


• Domingo
• 09H00 - Resoluções
• 12H00 - Almoço
• 14 H00 - Lançamento do fórum estadual
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PROF.DOUTOR CARLOS MOORE ESTARÁ EM SÃO CARLOS DIA 30 DE NOVEMBRO LANÇANDO SEU LIVRO " RACISMO E SOCIEDADE "

CONFIRA ENTREVISTA DO PROF.DOUTOR CARLOS MOORE CEDIDA A GAZETA MERCANTIL



16 de Novembro de 2007 - O principal objetivo de "Racismo e Sociedade", novo livro de Carlos Moore, doutor pela Universidade Paris VII, é desmontar a estrutura simbólica do racismo. "O racismo é algo que permeia toda a sociedade. As relações interpessoais são o reflexo do racismo, elas refletem o que é dominante na sociedade", defende o autor, na entrevista a seguir, concedida com exclusividade a este jornal: Gazeta Mercantil - O senhor diz que "o racismo é prejuízo para o racista". O Brasil vive hoje uma realidade repleta de desigualdade. O senhor alia essas desigualdades ao racismo? Sim. O racismo é algo que permeia toda a sociedade. As relações interpessoais são o reflexo do racismo, elas refletem o que é dominante na sociedade. São as relações interpessoais, elas por si, que são o refúgio exclusivo do racismo. É uma, metaconsciência que permeia toda a sociedade. Gazeta Mercantil - A idéia de um mundo "democraticamente racial" é mito? É claro que é mito. A mestiçagem é um fator dominante na sociedade. Quando se está cantando todos os hinos à mestiçagem, é um hino à violência, ao estupro massivo das índias e das africanas. Você está falando de mestiçagem, mas você esquece como o mestiço surge nas sociedades violentadas e complexadas. Ou seja, é a inseminação violenta das fêmeas do grupo dominado pelo macho do grupo dominante e a eliminação física dos machos do grupo dominado-conquistad o. O hino à mestiçagem está dizendo "nós não conseguimos conviver com o negro como negro, temos que diluí-lo para aceitá-lo, temos que mudar o seu fenótipo". A mestiçagem é isso e toda a ideologia da "democracia racial" é essa: "Vamos mudar o fenótipo do negro, não mudar o fenótipo do branco. Vamos aproximar o fenótipo do negro ao fenótipo ariano". Gazeta Mercantil - Entre preconceito e racismo o senhor faz uma diferenciação clara. Qual é? Racismo é algo histórico, uma forma de consciência. Preconceito é qualquer coisa. Eu posso ter preconceitos contra as pessoas que eu considero como feias e essas pessoas não têm que ser brancas ou negras. Podem ser de qualquer cor porque se eu tenho um padrão fenotípico na cabeça, este é o padrão que eu considero bom. Por exemplo, Gisele Bündchen, eu posso considerar que seja o padrão e geralmente esse é o padrão para o mundo ocidental. Ele padronizou e estabeleceu a imagem normativa, que é ariana. Eu posso discriminar e ter preconceito com qualquer pessoa que se afaste dessa imagem normativa dominante. O racismo é uma questão de querer exterminar o outro. Aqui neste País, depois de 1888, a decisão foi mestiçar os negros. Inundaram o País de branco, de "sangue branco" como eles diziam e acabavam com eles assim. Não se podia matar 70% da população. Isso também foi feito em outros países da América Latina. Na Republica Dominicana, em 1935, milhares de negros foram exterminados, o que evidencia essa decisão de não compartilhar recursos. É muito importante saber que racismo se elabora em torno da partilha de recursos. Os negros sempre têm que ser os vetados. Veja, por exemplo, a discussão sobre a cota para negros nas universidades públicas. Porque se eles entram, a classe média negra vai surgir, vai se expandir. Se a classe média se expande vão surgir novas demandas pela repartição dos recursos neste País. Gazeta Mercantil - E quando o senhor fala em "desracializaçã o", o que o senhor quer dizer com isso? Desracializar quer dizer, em primeiro lugar, tirar o fenótipo do lugar onde ele está. O fenótipo está normatizando as relações. Entre os negros se pratica esta maneira de eugenismo, de se casar com as pessoas de pele mais clara, de escolher pessoas com o cabelo mais liso, de escolher um tipo de nariz que seja leptorino, com um septo alto. Os narizes que eles chama de "chato" não são privilegiados nesta sociedade. Os lábios carnosos não são privilegiados e os cabelos crespos não são privilegiados e a pele bem preta não é privilegiada. Há uma espécie de eugenismo individual em que as pessoas já foram programadas para escolherem parceiros cujo fenótipo se aproxima ao fenótipo do padrão estabelecido que é um padrão ariano, nórdico, de loiros, cabelos lisos, loiros e olhos verdes. Desracializar é destruir esta imagem normativa. O fenótipo dita quem vai ser o seu parceiro. Os próprios pais negros ensinam que seus filhos precisam "adiantar a raça". A sociedade é a grande professora. Gazeta Mercantil - Como o senhor pensa que vai ser a recepção de seu novo livro no Brasil e no mundo?Os racistas vão receber um golpe duro. Eles se aproveitam da ignorância para fazer avançar as redes deles. Quanto mais ignorância há na sociedade, mais os racistas ficam contentes. O Brasil é contrário as correntes progressistas que estão aí no mundo. Então, podem existir monstruosidades como essa idéia da "democracia racial". O branco brasileiro normal está convencido de que vive no melhor País do mundo e que os negros estão contentes. Tudo aqui está feito para que aconteça uma catástrofe. É por isso que felizmente uma parte dessa elite tem chegado a compreender que eles vão ter que mexer no sistema porque se eles não mexerem no sistema vão perder o País. E ninguém quer, ninguém que seja sensato quer que o Brasil se desintegre, que termine no caos como terminou a União Soviética. Gazeta Mercantil - O senhor afirma que a história da humanidade é uma história de imperialismos, de massacres, de genocídio, de opressão e de ódio. Conseguiremos reverter tudo isso? Constantemente, a sociedade está sendo atravessada por duas correntes diferentes e opostas. Uma corrente de barbárie, regressão e animalização e, outra corrente, que está constantemente chamando a atenção para outra maneira de viver, na busca de uma sociedade ideal. É uma luta. Mas, há outro caminho para o ser humano, não para negros ou para brancos. Não há caminhos separados. Esta bifurcação racial foi criada historicamente, mas se você olhar de maneira bem objetiva e concreta a História, a finalidade da espécie é única. Não há outro caminho.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

FÓRUM PAULISTA DE JUVENTUDE NEGRA


NOVAS PERSPECTIVAS NA MILITÂNCIA ETNICO-RACIAL
DIRETRIZES PARA ATUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DE EMPODERAMENTO

DO DIA 30 DE NOVEMBRO Á 2 DE DEZEMBRO NA UFSCAR (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) FÓRUM PAULISTA DA JUVENTUDE NEGRA

INFORMAÇÕES : forum.juventude.negra@gmail.com



4º MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
PRESENÇA INTERNACIONAL
FRED HAMPTOM JR.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

FORUM PAULISTA DA JUVENTUDE NEGRA

INTRODUÇÃO
Como se define a juventude negra do Brasil? As especificidades são inúmeras, considerando-se as diferenças e desigualdades sociais, no que diz respeito à escolaridade, renda familiar, lazer, gênero, saúde e diversos outros fatores.Os(as) jovens negros(as), através de suas manifestações nos setores político, cultural e social, têm alcançado espaços de representação nos diversos segmentos da sociedade brasileira, apresentando-se como atores e atrizes capazes de estabelecer diálogos, oportunidades, conquistas e propostas políticas.De acordo com uma pesquisa recente da Fundação Perseu Abramo, os(as) jovens negros(as) chegam a 16 milhões de pessoas, considerando-se um percentual de 47% de negros(as) na juventude brasileira. A juventude negra é pelos dados de que se dispõe aquela que mais atenção deveria merecer das políticas públicas, a pesquisa aponta para uma realidade na qual a discriminação racial, a desigualdade socioeconômica e a falta de acesso ao lazer, entre outros aspectos, são uma constante na vida da maior parte destes(as) jovens.
HistóricoCom o objetivo de ampliar o diálogo sobre esta problemática, a juventude negra do país reuniu-se, após intensas e batalhadíssimas etapas municipais, regionais, estaduais, no Encontro Nacional de Juventude Negra – o Enjune. Uma mobilização nacional de jovens negros e negras que se articularam através de um fórum de discussão na internet e realizaram reuniões mensais, semanais e/ou diárias com participação de representantes de vários estados do país, com o intuito de convocar e mobilizar a juventude negra brasileira. A organização deste encontro possui um perfil afrocentrado, suprapartidário e sem vínculos religiosos. Sua construção se deu de forma coletiva, contemplando os diferentes perfis de juventude e as particularidades de cada região, apontando para uma organização heterogênea, mas que mantenha sua autonomia enquanto juventude negra.Existem várias ações positivas sendo desenvolvidas oriundas de diferentes setores e lideranças sociais. A juventude negra, mesmo inclusa nestes processos, muitas vezes atua como coadjuvante. Acreditamos que, enquanto juventude organizada, teremos a possibilidade de construção de um plano de metas da juventude com uma plataforma única, que nos possibilite um novo papel, que nos permita tratar de nossas questões e contribuir neste novo panorama social no contexto étnico/racial.A juventude negra organizada, fruto da ação histórica do movimento negro e já parte deste, vem construindo suas alternativas na luta anti-racista e pela promoção da igualdade étnico/racial de oportunidades. A cultura Hip Hop, os grupos culturais, a capoeira, as manifestações regionais, os coletivos de estudantes, entre outros grupos organizados, atuam como um amplo movimento que, mostrando capacidade de organização, tem mobilizado os(as) jovens negros e negras denunciando o racismo, a discriminação, a violência e a falta de oportunidades impostas pela sociedade a esta juventude. Neste sentido, a interação entre estes movimentos através deste encontro deu-se uma contribuição ímpar a luta do povo negro.Um dos objetivos principais foi discutir o genocídio da juventude negra, tema fortemente abordado pela Marcha Zumbi+10, realizada em novembro de 2005. Os dados para o homicídio da juventude são alarmantes, a cada 100 mil jovens, 39,3 brancos(as) morrem por homicídio; entre os(as) jovens negros(as), o número é de 68,4 por 100 mil, diferença de 74% a mais, o que revela o quanto o racismo está conjugado à violência.A saúde da população negra; LGBTT: Identidade de gênero e orientação sexual; Trabalho, empreendedorismo e geração de renda; Educação para a construção da identidade negra brasileira; Terra para a população negra e periférica nos espaços ribeirinhos, rurais, quilombos e urbanos; Políticas de reparações e ações afirmativas; Cultura como forma de transformação social; Estratégias de inserção, ocupação e luta de classe nos espaços políticos; Segurança, vulnerabilidade e risco social; Emponderamento tecnológico e dos meios de comunicação; Religião do povo negro brasileiro; Direitos das Mulheres Jovens: Gênero e feminismo; Meio ambiente e desenvolvimento sustentável; foram os eixos temáticos debatidos no Enjune.
Lauro de Fretias-BA: O Um Sonho Que Se Torna RealidadeNos dias 26, 27 e 28 de julho deste ano, a cidade de Lauro de Freitas, Bahia, sediou o I Encontro Nacional de Juventude Negra e a participação de 620 jovens de todas as regiões do Brasil, vindos de 17 estados. O ENJUNE teve como objetivos centrais promover um intercâmbio entre os grupos, coletivos, organizações e atuantes da juventude negra; socializar as experiências e ações da juventude negra entre os(as) participantes através das atividades propostas pelo encontro; construiu um documento representativo da juventude negra que servirá de orientação para a implementação de políticas e ações focais para esta juventude. Este documento servirá de diretriz para ações do poder público, sociedade civil organizada e juventude negra; criação de uma rede de comunicação para juventude negra, que reúna e distribua informações sobre esta juventude. O Multimídia Afro compreenderá jornal impresso, portal eletrônico, programas para o radio e televisão; efetivação de uma Rede Nacional de Juventude Negra que articule e promova uma participação política e social dos(as) participantes de todo o país. A Rede funcionará para implementar e coordenar as ações apontadas pelos resultados do Enjune. Os Estados de Alagoas, Sergipe, Paraná, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo estiveram representados nas discussões do ENJUNE, objetivando a formulação do documento de orientação para as políticas públicas de juventude e apontamentos, com uma metodologia de trabalho para construção do documento nacional baseado em Rodas de Discussão e Painéis Temáticos com 14 temas acima citados que foram identificados como discussões pertinentes para a conjuntura da juventude negra brasileira.A juventude negra agora possui um mapeamento nacional e expressivo de suas demandas, questões e perspectivas, o que potencializará o debate nacional e a intervenção política desses(as) atores e atrizes nos espaços de poder.
FÓRUM NACIONAL DE JUVENTUDE NEGRA A militância dos movimentos negros tem sua relevância, história, conquistas e méritos. Mas temos uma juventude negra diferenciada, já ocupando os espaços, participando, atuando, protagonizando suas ações, cada vez mais presente nas periferias e bases e se livrando de vez dos paradigmas de que “jovem é coisa do amanhã” e que “jovem é imaturo, irresponsável”. As novas perspectivas também sinalizam para um afrocentrismo fortemente preparado para combater os vícios dos movimentos sociais baseados no paternalismo estatal, visando à promoção da igualdade racial. Lembrando sempre a autonomia e independência com ênfase no protagonismo nas ações desta juventude negra e suas várias especificidades. Todo este trabalho foi finalizado com a elaboração do documento de orientação para as políticas públicas de juventude e apontamentos para a implementação do Fórum Nacional de Juventude Negra. O documento final representa a fala do povo jovem, preto e da periferia, e o seu debate e divulgação em âmbito nacional, bem como a intervenção política desses(as) jovens negros(as) nos diversos espaços que se fizerem necessários (estado, iniciativa privada e terceiro setor). É para esta finalidade que o Fórum Nacional de Juventude Negra se apresenta. Composto por 54 pessoas no total, sendo duas por estado, o FJN tem o papel de desenvolver-se a partir do debate, mobilizações, elaboração de documentos, plenárias estaduais, regionais e nacionais etc. para ampliar o corpo político e social para as deliberações do ENJUNE.
O FÓRUM PAULISTA ESTADUAL DE JUVENTUDE NEGRA Segundo a Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, o estado de São Paulo possui 41.111.161 habitantes, o que representa aproximadamente 22% da população brasileira. Destes, aproximadamente 30%, segundo o livro Seminário Saúde da População Negra – Estado de São Paulo , 2004, são negros (pretos + pardos) o que nos dá mais de 11 milhões de negros no estado de São Paulo. Respeitando o recorte geracional nessa população negra do estado de São Paulo, a juventude negra paulista é a mais populosa da Federação Brasileira. Mais que só uma maioria populacional, a sua responsabilidade política na construção de uma base no que tange às novas perspectivas na militância étnico-racial (tema-chefe do Enjune) nos remete a um momento de avaliação do que foi feito até o momento quando o assunto é Enjune. O Enjune nasce de uma realidade concreta que é a necessidade de incluir na agenda estatal a discussão sobre o que é ser um jovem negro no Brasil e quais as suas demandas. A necessidade de mecanismos de diálogos eficientes entre os segmentos populacionais, poder público e terceiro setor é uma das formas de se construir conjuntamente meios para cumprimento das oito metas do milênio, da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente. A que vem o Fórum Paulista de Juventude Negra A proposta de Fórum Paulista de Juventude Negra traz, como peculiaridade, a idéia de integrar a sociedade – em especial, jovens negras e negros – com a Universidade Federal de São Carlos, contribuir com as discussões teóricas e políticas sobre ações afirmativas em toda a sociedade brasileira – em especial, as ações afirmativas nas universidades públicas –, difundir e debater os dados culturais da sociedade brasileira – em especial, a cultura afro-brasileira –, bem como promover a interação dos envolvidos neste evento a fim de trocar experiências e conhecimento através de atividades intelectuais, acadêmicas, esportivas e artísticas, com oficinas, jogos, debates, palestras etc. A participação é ampla e irrestrita, independente de contribuições financeira, em especial jovens (de 16 a 30 anos), um público de 200 pessoas
NOSSA SEDE: A CIDADE DE SÃO CARLOS
São Carlos foi uma das últimas cidades do Estado de São Paulo a abolir a escravidão. Com renomados senhores de café, foi a sede de uma Oligarquia poderosa, que mesmo hoje marca a cidade. Talvez esteja neste elemento histórico a explicação para esta cidade ser o local onde tantas lutas sociais ocorreram. A luta dos trabalhadores pela democracia na década de 1970, o movimento estudantil contra a ditadura militar e a cidade onde foram formados politicamente líderes negros como Henrique Cunha Júnior e Ivair dos Santos, e conta com diversas entidades de combatividade exemplar. Desde 2001 o Governo Democrático Popular criou dois organismos de política de igualdade racial, cumprindo um compromisso assumido junto ao movimento negro da cidade. Desde então programas de formação para Educação das relações étnico raciais, trabalhos de sensibilização da população nos departamentos públicos e da população em geral, mapeamento da anemia falciforme, criação do Conselho Muncipal da Comunidade Negra, criação do Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira Odette dos Santos”, entre outras realizações. Por outro lado, desde 2005, existe uma Secretaria Municipal Especial de Infância e Juventude que sempre trabalha com recorte étnico-racial em suas políticas. Certamente seja isto que conduza esta cidade a ser referência nacional e internacional na política de aplicação Estatuto da Criança e do Adolescente.Outra conquista do movimento negro são-carlense é o desenvolvimento de uma política de ações afirmativas na Universidade Federal de São Carlos, aprovada no dia 01 de dezembro de 2006 e terá como primeiro ano de aplicação neste vestibular que ora desenvolve-se. Ainda nesta universidade podemos sublinhar a existência de um Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, dirigido pelo professor Dr. Valter Silvério, que também é presidente da Associação Nacional dos Pesquisadores Negros, e conta com a Profa. Dra. Petronilha Beatriz G. e Silva que escreveu o parecer do Conselho Nacional da Educação sobre a lei 10639/03.